PERDOAR TAMBÉM É HUMANO
Quando aprendi a perdoar, foi como se
alguém tivesse tirado uma tonelada de cima de meus ombros.
Reba McEntire
Todo e qualquer tipo de
relacionamento envolve riscos – feridas, humilhação, mágoa, mal-entendidos,
atritos, desentendimentos doloridos etc. Somos feridos pelas pessoas, seja
aproximando, amando, confiando, mudando, crescendo.
Se você se move na direção de outro
ser humano, há sempre o risco de que aquela pessoa se afaste de você,
deixando-o mais dolorosamente sozinho do que estava antes. Confie em qualquer um
e será magoado; dependa de alguém e essa pessoa o decepcionará. O preço do
investimento é a dor. Se alguém está determinado a não se arriscar a sentir dor,
então deve renunciar a muitas coisas – filhos, casamentos, sexo, ambição,
amizade – tudo o que torna a vida viva, significativa e importante. Mas podemos
sempre ser guiados para usar o tempo de viver e amar da melhor maneira possível
e desfrutar a vida ao máximo. (M. Scott Peck)
Para crescermos e desfrutarmos a vida
é necessário praticarmos constantemente o perdão.
O perdão é um processo.
Perdoar não é aprovar o que uma
pessoa fez, fingir que o mal nunca foi feito, permitir que pisem em nós,
esquecer o mal que foi feito, fingir que nunca nos magoamos. O perdão nos
permite abandonar o passado e avançar o futuro. Segundo Lewis Simides, há três
níveis de perdão: primeiro, redescobrirmos a natureza humana de quem nos
magoou, segundo, abrirmos mão do nosso direito de acertar as contas e, em
terceiro, o perdão é nada menos que um milagre divino. Só teremos capacidade de
perdoar na mesma proporção que compreendermos quanto fomos perdoados. O coração
sensível e corajoso são os fundamentos para experimentarmos o poder do perdão.
Perdão implica restauração gradativa
de confiança, pois assumimos nossa responsabilidade pelo nosso comportamento
inadequado; manifestamos nosso arrependimento pelo prejuízo causado; somos maduros
para reconhecermos que erramos sem precisarmos justificar nosso comportamento
impróprio. Pedimos perdão porque valorizamos o relacionamento. Arcar com as consequências
do nosso comportamento é um ato de amor, pois ‘‘O amor é justo’’.
Perdoar significa usar graça com
alguém; decisão de continuar o relacionamento, deixando o problema para traz e
olhar juntos para o futuro, retirando todas as barreiras construídas na
caminhada. Perdoar não é um sentimento, é uma decisão que pode e deve ser
tomada todo o tempo. O perdão é uma atitude constante. A confiança é um
processo que demanda tempo e é recuperada aos poucos. O perdão constitui-se um
compromisso de aceitar a pessoa, apesar daquilo que ela fez.
O perdão é uma jornada que não
conseguimos percorrer com facilidade e rapidez e muito menos sem Deus. Pois
‘’errar é humano, perdoar é divino’’. Perdoamos porque Deus nos perdoou e
ordenou que perdoássemos e nos deu força para perdoar. Errar é humana, perdoar
também. ‘’Sem perdão, somos homens e mulheres vazios, perdidos em meio aos
nossos conflitos’’.
Quando perdoamos e somos perdoados,
deixamos de ser vítimas das circunstâncias e dos outros e somos transformados em
cocriadores de nossa realidade.
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