quarta-feira, 12 de julho de 2023

PERDOAR TAMBÉM É HUMANO

 



PERDOAR TAMBÉM É HUMANO

Quando aprendi a perdoar, foi como se alguém tivesse tirado uma tonelada de cima de meus ombros.

Reba McEntire

 

Todo e qualquer tipo de relacionamento envolve riscos – feridas, humilhação, mágoa, mal-entendidos, atritos, desentendimentos doloridos etc. Somos feridos pelas pessoas, seja aproximando, amando, confiando, mudando, crescendo.

Se você se move na direção de outro ser humano, há sempre o risco de que aquela pessoa se afaste de você, deixando-o mais dolorosamente sozinho do que estava antes. Confie em qualquer um e será magoado; dependa de alguém e essa pessoa o decepcionará. O preço do investimento é a dor. Se alguém está determinado a não se arriscar a sentir dor, então deve renunciar a muitas coisas – filhos, casamentos, sexo, ambição, amizade – tudo o que torna a vida viva, significativa e importante. Mas podemos sempre ser guiados para usar o tempo de viver e amar da melhor maneira possível e desfrutar a vida ao máximo. (M. Scott Peck)

Para crescermos e desfrutarmos a vida é necessário praticarmos constantemente o perdão.

O perdão é um processo.

Perdoar não é aprovar o que uma pessoa fez, fingir que o mal nunca foi feito, permitir que pisem em nós, esquecer o mal que foi feito, fingir que nunca nos magoamos. O perdão nos permite abandonar o passado e avançar o futuro. Segundo Lewis Simides, há três níveis de perdão: primeiro, redescobrirmos a natureza humana de quem nos magoou, segundo, abrirmos mão do nosso direito de acertar as contas e, em terceiro, o perdão é nada menos que um milagre divino. Só teremos capacidade de perdoar na mesma proporção que compreendermos quanto fomos perdoados. O coração sensível e corajoso são os fundamentos para experimentarmos o poder do perdão.

Perdão implica restauração gradativa de confiança, pois assumimos nossa responsabilidade pelo nosso comportamento inadequado; manifestamos nosso arrependimento pelo prejuízo causado; somos maduros para reconhecermos que erramos sem precisarmos justificar nosso comportamento impróprio. Pedimos perdão porque valorizamos o relacionamento. Arcar com as consequências do nosso comportamento é um ato de amor, pois ‘‘O amor é justo’’.

Perdoar significa usar graça com alguém; decisão de continuar o relacionamento, deixando o problema para traz e olhar juntos para o futuro, retirando todas as barreiras construídas na caminhada. Perdoar não é um sentimento, é uma decisão que pode e deve ser tomada todo o tempo. O perdão é uma atitude constante. A confiança é um processo que demanda tempo e é recuperada aos poucos. O perdão constitui-se um compromisso de aceitar a pessoa, apesar daquilo que ela fez.

O perdão é uma jornada que não conseguimos percorrer com facilidade e rapidez e muito menos sem Deus. Pois ‘’errar é humano, perdoar é divino’’. Perdoamos porque Deus nos perdoou e ordenou que perdoássemos e nos deu força para perdoar. Errar é humana, perdoar também. ‘’Sem perdão, somos homens e mulheres vazios, perdidos em meio aos nossos conflitos’’.

Quando perdoamos e somos perdoados, deixamos de ser vítimas das circunstâncias e dos outros e somos transformados em cocriadores de nossa realidade.

 

 

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